| 23/06/2006 08h36min
Em meio a suspensão de rotas e cancelamentos de vôos, a Varig espera receber hoje os US$ 75 milhões da primeira parcela da compra de sua parte operacional. Até ontem à noite, o movimento Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), vencedor do leilão realizado no dia 8, tentava obter os recursos com investidores para fazer o pagamento.
Caso o dinheiro não seja depositado, o futuro da Varig volta para as mãos do juiz da 8ª Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, que pode decretar a falência da empresa – com ou sem a continuidade das operações – e até reavaliar outras propostas. É mais um dia difícil para a companhia de 79 anos.
Hoje, também termina prazo concedido pela BR Distribuidora para fornecimento de combustível e, caso os US$ 75 milhões não sejam depositados, o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, deve, em audiência no dia 28, determinar a devolução de aeronaves arrendadas. Para agravar ainda mais a crise, a Infraero pode decidir começar a cobrar à vista as taxas de embarque dos passageiros da Varig.
O TGV desistiu de buscar financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pois "a prioridade no momento" era negociar com os três parceiros, ainda não-revelados, e assim conseguir os recursos. Somente com o depósito, os trabalhadores poderão comandar de fato a companhia.
Ontem, a Varig Log, comprada pela Volo do Brasil no início do ano, reiterou o interesse em pagar US$ 485 milhões pela empresa aérea. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias contesta a venda da Varig Log na Agência Nacional de Aviação Civil, pois a Volo teria mais de 20% de capital estrangeiro, o que não é permitido pela legislação.
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