| 03/08/2002 12h06min
Os Estados Unidos rejeitaram na sexta-feira, dia 2, a oferta do Iraque sobre negociações para o retorno dos inspetores de armas da ONU ao país asiático e renovaram seu chamado à deposição do presidente Saddam Hussein. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, Sean McCormack, disse que seu país requer permissão para a realização de inspeções dos programas de armas de destruição em massa iraquianas sem interferências. Ele afirmou que Washington manteria a sua política de buscar a derrubada do líder iraquiano.
– Nossa política continua a mesma. Tem sido a mesma desde 1995 e isso significa a troca de regime...Todos compreendem a natureza de Saddam Hussein e de seu regime – declarou McCormack.
O secretário de Estado, Colin Powell, disse durante giro diplomático na Ásia que o Iraque sempre tentou "encontrar uma forma de escapar'' das exigências da ONU para o desarmamento.
– A questão não é as inspeções, mas o desarmamento. É preciso assegurar que eles não tenham armas de destruição em massa e que façam o que têm de fazer, mas sabemos que não fizeram – afirmou Powell.
Numa carta ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o chanceler iraquiano, Naji Sabri, convidou o chefe das inspeções de armas, Hans Blix, a visitar Bagdá para negociações. Especialistas em armas da ONU deixaram o Iraque em 1998, às vésperas de uma campanha de bombardeios dos EUA e do Reino Unido lançada para punir o Iraque por não cooperar com o desarmamento.
O fim das armas de destruição em massa iraquianas é condição fundamental para que possam ser suspensas as sanções impostas ao país após este ter invadido o Kuwait, em agosto de 1990, ato que provocou a Guerra do Golfo. A proposta iraquiana de conversar com Blix ocorre na semana em que o presidente dos EUA, George W. Bush, repetiu seu compromisso com uma "mudança de regime'' no Iraque e sua determinação de avaliar ''todas as opções, todas as ferramentas'' para depor Saddam. Em referência ao convite ao diálogo, McCormack disse:
– Deve ser uma discussão muito breve. O que ele (Saddam) deve dizer é 'Sim, eu aceito a qualquer momento, em qualquer lugar, inspeções irrestritas –
Uma autoridade do governo Bush disse acreditar haver provas de que Mohammed Atta, um dos sequestradores dos atentados de 11 de setembro, se encontrou cinco meses antes com um agente iraquiano em Praga (República Tcheca). O FBI e a CIA têm dúvidas sobre a existência desse encontro. O governo iraquiano negou qualquer envolvimento com a ação terrorista nos Estados Unidos. As informações são da agência Reuters.
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