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A Casa Branca rejeitou nesta segunda-feira, 5 de agosto, o convite feito pelo presidente da Assembléia Legislativa Nacional do Iraque, Sadoun Hammadi, para que políticos e especialistas dos Estados Unidos inspecionassem locais no país suspeitos de produzir armas de destruição em massa.
– Não há necessidade de discussão. O que é preciso é que o regime em Bagdá cumpra seu compromisso com o desarmamento - disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Sean McCormack, durante visita do presidente George W. Bush a Pittisburg.
Hammadi enviou uma carta aos líderes da Câmara e do Senado e a outros membros do Congresso americano convidando-os para uma visita de três semanas ao Iraque. Para o governo americano, o convite é uma "tática ditatorial" de Hussein, que tem se negado a permitir a entrada de inspetores de armas das Nações Unidas no país desde 1998.
O parlamentar iraquiano prometeu proporcionar à delegação americana "as facilidades que precisar" para inspecionar as instalações e os depósitos onde, segundo Washington, são "produzidas ou projetadas armas químicas, biológicas, inclusive se (as supostas instalações) estiverem debaixo da terra".Hammadi destacou que o principal problema entre Bagdá e as administrações americanas desde 1990 reside "na ausência de diálogos entre os dois países".
O secretário-geral da Organização das Nasções Unidas (ONU), Kofi Annan, também demonstra desconfiança sobre as boas intenções do governo iraquiano. Annan informou que vai pedir que o Iraque explique o convite que fez para negociações sobre armas.
– Gostaríamos de discutir com eles o retorno dos inspetores. Se o Iraque estiver aberto a esta idéia, há meios práticos de enviar os inspetores de volta – disse Annan a repórteres, depois de falar ao Conselho de Segurança da ONU.
O secretário-geral, porém, disse que não rejeita o convite do ministro do Exterior do Iraque, Naji Sabri, para negociações técnicas em Bagdá com Hans Blix, chefe de inspeção de armas da ONU, e sua equipe. O grupo é responsável por vistoriar possíveis programas de armas de destruição em massa. Annan disse que escreverá em breve uma carta para o governo do Iraque.
O Iraque disse que Blix deveria revisar todos os assuntos pendentes em relação a armas perigosas do Iraque, tema chave para a suspensão das sanções impostas pela ONU quando os iraquianos invadiram o Kweit, em agosto de 1990.
Mas Blix disse que somente discutirá "assuntos práticos'', porque uma resolução do Conselho de Segurança de 1999 proíbe que se analisem dados sobre armas até que os inspetores voltem ao local para determinar o que aconteceu desde que deixaram o Iraque, em dezembro de 1998.
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