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O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, confirmou nesta terça-feira, 19 de agosto, o suicídio do terrorista palestino Abu Nidal, 65 anos. Esse foi o primeiro comentário iraquiano sobre o incidente desde que fontes palestinas informaram sobre a morte.
Nidal, um dos homens mais procurados do mundo, foi encontrado morto na segunda-feira em sua casa em Bagdá, mas as circunstâncias de sua morte ainda não haviam sido esclarecidas. Integrantes do Conselho Revolucionário do Fatah (Fatah-CR), organização comandada por Nidal, disseram nesta terça que ele teria se suicidado porque não suportava mais viver com câncer.
Havia, também, suspeitas de que Nidal tivesse sido assassinado, já que algumas informações davam conta que ele teria sido encontrado com várias perfurações de bala. O diário palestino Al-Ayyam chegou a afirmar na segunda-feira que Abu Nidal – o "pai da luta", em árabe – foi encontrado baleado há quatro dias. Essa não é a primeira vez que circulam rumores sobre sua morte.
Os Estados Unidos receberam bem a notícia sobre a morte de Abu Nidal. Em Crawford, Texas, o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, o descreveu como "um dos mais covarde e desprezíveis terroristas do mundo que não será esquecido".
Uma fonte iraquiana em Bagdá disse que Abu Nidal entrou no Iraque pelo Irã no início do ano passado com um passaporte falso, mas as autoridades logo descobriram sua presença e o colocaram em prisão domiciliar.
Inimigo e crítico feroz do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, Abu Nidal dirigia um grupo guerrilheiro acusado de ter praticado ataques e seqüestros em 20 países, principalmente nas décadas de 70 e 80. Mais de 275 pessoas morreram em pelo menos cem operações.
O líder guerrilheiro é visto como o autor intelectual de duas ações com armas e granadas em 1985 contra balcões da companhia aérea israelense El Al nos aeroportos de Roma e de Viena, que mataram 19 pessoas e feriram mais de cem.
Em 1986, seus homens mataram 22 pessoas e feriram cem ao tentar sequestrar um avião da Pan Am em Karachi, no Paquistão. No mesmo mês, seu grupo foi responsabilizado pelo assassinato de 22 judeus que rezavam numa sinagoga de Istambul.
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