O governo do Iraque acusou Israel de pressionar os Estados Unidos para o lançamento de uma campanha militar contra o país de Saddam Hussein. A declaração partiu nesta segunda, 19 de agosto, do ministro das Relações Exteriores iraquiano, Naji Sabri, para o qual só Israel ganharia com o ataque norte-americano ao Oriente Médio:

– O Iraque não infligiu nenhum grande dano aos interesses americanos para justificar que os Estados Unidos planejem atacar o país desta forma.

De acordo com Sabri, para que o governo do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, mostra-se "criminoso", Israel estaria "planejando, incitando e pressionando a malévola administração americana'' em favor de um ataque.

O presidente norte americano, George W. Bush, alega que o presidente iraquiano Saddam Hussein tenta construir um arsenal de armas químicas, biológicas e nucleares e deve ser removido do posto. Na semana passada, Sharon disse a Washington que adiar um ataque daria a Bagdá tempo para acelerar qualquer programa de armas.

Autoridades israelenses mostraram-se preocupadas com uma possível retaliação do Iraque à ação militar norte-americana, disparando mísseis contra o Estado judeu – o principal aliado de Washington no Oriente Médio, que enfrenta um levante palestino – como fez durante a Guerra do Golfo, em 1991.

Sabri reiterou o apelo para negociações com a Organização das Nações Unidas (ONU), dizendo que apenas o diálogo poderia resolver o impasse sobre as inspeções de armas da ONU. A ONU tem imposto como condição para as negociações o retorno imediato dos inspetores.

As informações são da agência Reuters.