| 26/08/2002 18h51min
Encurralado por uma crise política, o governo argentino decidiu adiar em três semanas, para 15 de dezembro, as primárias internas em que os partidos vão escolher seus candidatos à Presidência para as eleições de março. Assim, os políticos ganham tempo para reformar a polêmica lei eleitoral. As eleições presidencias continuam mantidas para o dia 30 de março de 2003.
O adiamento das primárias, marcadas originalmente para 24 de novembro, deve ser anunciado nesta semana, anulando assim as ações judiciais de políticos que se sentiam prejudicados com o fato de filiados a um partido poderem votar nas primárias de outro.
Na sexta-feira, um juiz federal suspendeu as primárias, por causa de uma denúncia feita pela oposição. Isso colocava em risco a própria eleição de março de 2003 e trazia ainda mais instabilidade à Argentina, que atravessa a crise econômica mais grave de sua história.
Com a nova regra a ser divulgada pelo governo, só poderão votar nas primárias quem for filiado ao partido em questão ou não for filiado a nenhum. Ou seja, um militante não pode participar da escolha do candidato de outro partido, como acontece no sistema atual.
O principal adversário da regra que está em vigor é o ex-presidente Carlos Menem, pré-candidato peronista. Ele teme manipulações da oposição contra a sua tentativa de voltar ao governo. Por causa da crise, Duhalde, eleito pelo Congresso no começo do ano para suprir um vazio de poder, já havia antecipado em seis meses as eleições presidenciais.
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