| 06/09/2002 12h50min
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, afirmou na sexta-feira, dia 6, que os Estados Unidos avisariam o Estado judaico antes de um ataque ao Iraque a fim de que o país se preparasse contra uma eventual retaliação do país árabe. O Iraque disparou 39 mísseis Scud contra Israel durante a Guerra do Golfo (1991), fazendo poucas vítimas.
– Saberemos com antecedência quando os EUA agirão – declarou Sharon à Rádio do Exército de Israel. – Eles (os norte-americanos) foram excepcionalmente corretos antes de terem atacado o Afeganistão. Eles me ligaram, acho, dois dias e meio antes da ação e me informaram sobre a data.
Questionado sobre a antecedência a que Israel seria avisado, o premiê respondeu:
– Com a antecedência necessária para concluirmos nossos preparativos antes (de a ofensiva norte-americana) ser lançada.
Sharon afirmou não ter idéia sobre quando os EUA podem investir contra o Iraque. O jornal israelense Ha'aretz, porém, informou no começo desta semana que o dirigente havia mandado que as medidas de emergência e de segurança do país fossem concluídas até o começo de novembro. Um porta-voz de Sharon negou-se a fazer comentários sobre a reportagem. Autoridades israelenses disseram que o país reservava-se o direito de responder a uma eventual agressão iraquiana.
– O quanto menos falarmos sobre essas coisas, melhor – afirmou o premiê na entrevista de rádio, referindo-se aos preparativos de Israel para um eventual ataque iraquiano.
Autoridades temem que mísseis lançados pelo Iraque possam conter ogivas biológicas ou químicas. Israel não respondeu aos mísseis iraquianos durante a Guerra do Golfo. Os Estados Unidos então pressionaram o Estado judaico a não agir por temores de que a intervenção israelense rachasse a coalizão formada pela superpotência para expulsar os iraquianos do Kuweit. As informações são da agência Reuters.
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