O governo de Israel divulgou neste domingo, 8 de setembro, uma lista de 12 parlamentares palestinos proibidos de participar pessoalmente de uma sessão do Parlamento palestino que ocorrerá em Ramallah, na Cisjordânia, informaram representantes palestinos.

No início da semana, Israel tinha dito que os parlamentares "envolvidos com o terror'' não seriam autorizados a comparecer à sessão do Conselho Legislativo Palestino (CLP) marcada para a segunda-feira, 9 de setembro.

Seria a primeira vez que a maioria dos 86 deputados da Assembléia Legislativa se encontrariam pessoalmente desde que explodiu o levante palestino em favor da independência, em setembro de 2000, depois que as negociações com vistas a um tratado de paz final chegaram a um impasse.

Nos últimos dois anos, os parlamentares impedidos de participar das sessões do Parlamento por barreiras militares israelenses nas estradas e outras restrições vêm participando nas cidades onde vivem, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, por meio de uma conexão por TV.

Representantes palestinos disseram que os 12 legisladores proibidos de participar da sessão da segunda-feira, todos os quais são da Faixa de Gaza, vão tomar parte por meio de uma ligação de vídeo.

– Não vamos ceder aos ditames israelenses. O CLP vai seguir adiante com a sessão da maneira que melhor nos aprouver – disse o parlamentar e ex-ministro do gabinete Nabil Amr.

A previsão é que os parlamentares votem sobre as mudanças no gabinete anunciadas por Yasser Arafat em junho, depois de ouvir um discurso proferido pelo presidente palestino sobre ''questões nacionais, políticas e de segurança'', em seu quartel general em Ramallah.

Ramallah se encontra sob ocupação militar israelense e sujeita a toques de recolher constantes desde junho, após uma onda de atentados suicidas palestinos que matou dezenas de civis israelenses. Um dos 12 deputados da lista negra israelense é Abdel-Aziz Shaheena, o recém-indicado Ministro do Fornecimento, e pelo menos outros quatro têm ligações com organizações