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Os Estados Unidos devem manter sua superioridade militar global para sempre e derrotar o terrorismo "destruindo a ameaça antes que ela chegue a nossas fronteiras'', disse o presidente norte-americano George W. Bush na sexta-feira, 20 de setembro, em um novo documento sobre estratégia.
O relatório resume a doutrina de segurança que evoluiu desde os atentados de 11 de setembro de 2001 e aparece no momento em que os Estados Unidos ameaçam atacar o Iraque.
O combate ao terrorismo é o centro da nova doutrina, ao contrário do que acontecia na Guerra Fria, quando a prioridade era a dissuasão. O governo norte-americano se propõe a impedir, com ataques preventivos se necessário, que grupos terroristas tenham acesso a armas de destruição em massa.
– O perigo mais grave para nossa nação está na encruzilhada entre radicalismo e tecnologia – aponta o relatório denominado A Estratégia de Segurança Nacional dos EUA.
– Por bom senso e autodefesa, a América vai agir contra essas ameaças emergentes antes que elas estejam totalmente formadas.
O relatório foi feito para atender a uma lei de 1986 que exige que o presidente preste contas de sua política estratégica anualmente ao Congresso. No texto, o governo afirma que buscará aliados contra o terrorismo, mas promete agir sozinho "quando nossos interesses e responsabilidades únicas assim exigirem''. É exatamente a ameaça que ele faz contra o Iraque, caso a ONU não autorize um ataque.
A doutrina da administração Bush considera que "a guerra contra o terrorismo não é um choque de civilizações, mas sim um choque dentro de uma civilização, uma batalha pelo futuro do mundo muçulmano''.
O documento diz que os Estados Unidos vão "ser fortes o suficiente para dissuadir potenciais adversários de ampliarem sua força militar, na esperança de ultrapassar ou igualar o poder'' do país. Há um recado expresso à China para que não desafie Taiwan, embora o regime comunista de Pequim, ao lado da Rússia, não seja mais visto como uma ameaça importante.
Os Estados Unidos também se comprometem a promover a democracia, o capitalismo e a dignidade humana. São argumentos usados pelas autoridades norte-americanas contra as acusações de unilateralismo da superpotência.
– Quando os países virem esses valores expressos no documento, vão reconhecer que a América usa sua força com o propósito de buscar a paz e espalhar as oportunidades pelo mundo – disse Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca.
As informações são da Agência Reuters.
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