| 23/09/2002 08h42min
A espiral inflacionária resultante da desvalorização da moeda argentina levou 100 mil lojas à falência entre janeiro e agosto, à medida que os custos no atacado subiram mais que os preços ao consumidor, informou uma entidade que reúne os comerciantes. Os dados da pesquisa da Coordenadoria de Atividades Mercantis Empresariais (Came) mostram que os preços atacadistas, os que os comerciantes pagam para repor mercadorias, saltaram 80,9% desde janeiro, enquanto os preços ao consumidor tiveram alta de 32,1%.
Os custos ao consumidor cresceram menos porque a profunda recessão vivida pelo país impede que os comerciantes repassem os aumentos ao compradores. Os salários dos argentinos estão congelados, quando não diminuindo em razão do alto desemprego, que afeta uma em cada cinco pessoas economicamente ativas. Os dados da Came coincidem com informações divulgadas pelo governo sobre a inflação.
– O projeto de Orçamento para 2003 prevê um aumento de 26% para os preços no atacado e de 22% nos preços ao consumidor – informou a pesquisa.
Segundo a projeção da Came, se esse cálculo se cumprir, em 2003 serão fechadas mais 60 mil lojas.
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