| 25/09/2002 12h42min
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov (foto), rejeitou na quarta-feira, dia 25, a "exaltada propaganda'' em torno do dossiê britânico sobre o Iraque, dizendo que o retorno dos inspetores de armas a Bagdá é a maior prioridade no momento. O dossiê britânico, apresentado pelo primeiro-ministro Tony Blair na terça-feira, dia 24, afirmou que o Iraque poderia lançar mísseis com armas químicas ou biológicas em 45 minutos, e produzir armas nucleares em um ou dois anos caso obtivesse componentes essenciais do exterior. Mas Ivanov disse a repórteres:
– Acredito que apenas especialistas e peritos podem julgar se o Iraque tem ou não armas de destruição em massa. Nós temos, portanto, procurado o retorno dos inspetores ao Iraque o mais rápido possível. Por essa razão parece que não adianta criar uma grande e exaltada propaganda sobre essa notícia. Devemos esperar pelas conclusões dos especialistas. Apenas depois disso é possível tirar qualquer conclusão.
O governo russo pediu o retorno dos inspetores ao Iraque e aplaudiu a decisão iraquiana de permitir que os monitores retomem suas atividades pela primeira vez desde que deixaram o país em 1998. A Rússia, junto com a França, também afirmou que não há necessidade de qualquer outra nova resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a questão, já que o Iraque concordou com o acesso irrestrito dos monitores ao país.
Os Estados Unidos querem uma resolução que inclua uma linguagem firme, para que o líder iraquiano, Saddam Hussein, enfrente graves consequências se não permitir que os inspetores façam seu trabalho sem impedimentos. Mas o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Ivanov, sugeriu que as conversas com o Conselho de Segurança sobre uma nova resolução podem avançar enquanto os inspetores estiverem em Bagdá. As informações são da agência Reuters.
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