O governo do Iraque aceitou nesta quarta-feira, 9 de outubro, após uma semana de resistência, dar carta branca aos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) para interrogar os iraquianos onde e quando for necessário.

De acordo com Hans Blix, o chefe dos inspetores da organização, o consentimento foi dado por meio de uma carta, com data de terça-feira e endereçada a Amir El-Sadi, chefe da delegação iraquiana nas negociações de Viena, na Áustria, encerradas em 1 de outubro com um acordo para os inspetores voltarem a Bagdá. Os inspetores "poderão entrevistar qualquer pessoa no Iraque que possa ter informações relevantes para seu trabalho", escreveu Blix.

Em meio à crise com os EUA, que pode levar a um ataque americano para depor Saddam Hussein, mais de 11,5 milhões de iraquianos irão às urnas num plebiscito na próxima terça-feira. A consulta tem o objetivo de endossar a presidência, concedendo mais um mandato de sete anos a Saddam.

No norte do Iraque, aviões americanos bombardearam nesta quarta lançadores de mísseis na zona de exclusão aérea por os considerarem uma ameaça a patrulhas aéreas. De acordo com a agência de notícias iraquiana IAN, os ataques atingiram instalações civis na província de Ninive, deixando quatro mortos e 10 feridos.