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O Senado dos Estados Unidos aprovou na madrugada desta sexta-feira, dia 11, a resolução que autoriza o presidente George W.Bush a declarar guerra, se necessário, para o desarmamento do Iraque. A medida recebeu 77 votos a favor e 23 contra. A Câmara de Representantes tinha aprovado a resolução na tarde dessa quinta-feira, dia 10, por 296 votos a 133. As discussões no Senado demoraram mais de 10 horas.
A Casa Branca ainda não tomou resolução definitiva sobre possível ataque ao Iraque, mas, ao comentar a decisão da Câmara dos Representantes, Bush disse que os deputados norte-americanos deram clara resposta ao mundo e à Organização das Nações Unidas. A ONU e vários países já se manifestaram contra eventual guerra no Iraque. O vice-primeiro-ministro do Iraque, Tareq Aziz, disse hoje que seu país está preparado para possível ataque dos estados Unidos. A manifestação foi feita depois da decisão do Congresso norte-americano. Aziz disse que a decisão não causa surpresa.
Bush tem insistido que ainda não decidiu se usará a força contra o Iraque, nem quando o fará. Analistas militares dizem que levará meses, ainda, para o Pentágono completar os preparativos para uma operação. Ontem, o governo iraquiano convidou os Estados Unidos a enviarem especialistas para visitar dois locais identificados pelos americanos como fábricas de armas de destruição em massa, mas a Casa Branca recusou a proposta. Os EUA exigem que Bagdá cumpra as resoluções da ONU sobre inspeções e desarmamento.
Ainda ontem – e pela terceira vez nesta semana –, aviões anglo-americanos bombardearam instalações de radar e de mísseis na zona de exclusão aérea no sul do Iraque. No ataque de ontem, as aeronaves lançaram bombas teleguiadas contra uma instalação de radar nas proximidades de Basra, cerca de 395 quilômetros a sudeste de Bagdá, informou num comunicado o Comando Central dos EUA. O ataque, segundo os EUA, foi uma resposta a disparos feitos contra aviões de patrulha.
A oficial Agência de Notícias Iraquiana divulgou que os aviões alvejaram o Aeroporto Internacional de Basra, destruindo o sistema de radar do aeroporto e danificando prédios de passageiros e de serviços. Não houve menção a vítimas. O Iraque sustenta que o aeroporto é civil, mas oficiais dos EUA garante que ele é usado tanto com fins civis quanto militares. O Iraque considera as patrulhas uma violação de sua soberania e freqüentemente dispara contra os aviões.
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