| 18/10/2002 12h
O presidente francês Jacques Chirac (na foto, à direita) disse na sexta-feira, dia 18, que a força deveria ser apenas o último recurso para resolver conflitos internacionais como a crise iraquiana, e que o mundo tinha que resistir a "tentações de aventura''. Chirac falava em Beirute enquanto os Estados Unidos buscavam apoio para uma nova resolução na Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer com que o Iraque se desfaça das armas de destruição em massa, que Washington diz que ele possui.
A França, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, liderou uma resistência contra um esboço de iniciativa norte-americana que pedia o uso da força, caso Bagdá não se desarmasse. Diplomatas dizem que os Estados Unidos estão agora difundindo um novo texto mais aceitável para a França.
– No mundo moderno, o uso da força deveria ser apenas um último, e excepcional, recurso – disse Chirac em uma cúpula de nações de língua francesa na capital libanesa. – Deveria ser permitido apenas no caso de legítima defesa, ou pela decisão de autoridades internacionais competentes.
Chirac disse na quinta-feira, dia 17, que a França estava fazendo tudo o que podia para encontrar um modo diplomático de lidar com a crise iraquiana, mas disse que Bagdá deve se desarmar para ajudar a evitar a guerra. O presidente libanês Emile Lahoud, abrindo a cúpula, disse que qualquer ação militar contra o Iraque por ignorar as resoluções da ONU seria hipócrita, já que Israel falhou em implementar resoluções aplicadas ao Estado judaico.
Lahoud disse que a ONU tinha a "autoridade suprema'' para resolver conflitos internacionais, incluindo a crise iraquiana. Ele afirmou que seu país condenava, em princípio, qualquer ataque estrangeiro contra um país árabe, inclusive o Iraque.
– Argumentos utilizados em apoio a tal ação... permanecerão não convincentes enquanto Israel... continuar a ignorar com impunidade um grande número de resoluções da ONU.
Os árabes repetidamente citam as resoluções da ONU para exigir que os israelenses se retirem de territórios árabes. As informações são da agência Reuters.
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