| 21/10/2002 20h18min
As duas pessoas presas na manhã desta segunda, dia 21, suspeitas de serem o franco-atirador que atua na região de Washington não têm participação nos crimes. Ambos foram presos em Richmond, Estado da Virgínia. Na tarde desta segunda, policiais divulgaram que os dois presos não tinham nenhuma relação com os crimes cometidos pelo misterioso assassino, que até agora já baleou 12 vítimas, matando nove delas.
Imigrantes ilegais – um é mexicano e o outro, guatemalteco –, os dois teriam tentado trapacear a polícia para colocar as mãos nos US$ 500 mil oferecidos como recompensa por informações que levassem à prisão do verdadeiro criminoso. Até a noite desta segunda, ambos estão detidos sob interrogatório, e o mais provável é que sejam deportados para seus países de origem.
Não demorou muito para a polícia descobrir o plano da dupla. O mexicano, de 24 anos, teria parado sua minivan branca – uma Plymouth Voyager, muito semelhante ao veículo que os investigadores suspeitam que o atirador esteja usando – ao lado de uma cabine telefônica próxima a um posto de gasolina. O rapaz ligara para a polícia dizendo que as autoridades poderiam encontrar uma mensagem em um bosque atrás de uma churrascaria perto de Richmond, Virgínia, onde no sábado à noite o atirador acertou sua 12ª vítima, segundo testes de balística confirmaram também nesta segunda. O homem, baleado no abdômen, está internado em estado grave. Os policiais, de fato, encontraram uma mensagem – onde havia um número de telefone público, que poderia ser utilizado para comunicação com o autor da nota. Segundo o policial, o homem tentou fazer uma espécie de extorsão: exigiu dinheiro em troca de informações sobre o crime. Depois de uma troca de mensagens telefônicas, a polícia atraiu o suspeito para o telefone público em frente a um posto de gasolina. Ao chegar lá, ele foi detido. Primeiramente, a polícia chegou a acreditar que a carta com o número do telefone teria sido abandonada pelo próprio atirador.
Ainda nesta segunda, a França emitiu um alerta para a Interpol, informando sobre a deserção de um segundo tenente que seria um excelente atirador. Superiores informaram que o militar viajou de férias para o Canadá em agosto, mas não retornou quando o curso recomeçou em setembro, nem pediu uma extensão de sua licença. O porta-voz do Ministério disse que não havia como confirmar informações de que colegas de curso teriam reconhecido o militar em um retrato-falado divulgado por uma rede de televisão francesa. De acordo com a Interpol, o desaparecimento do militar está sendo investigado, mas não há evidências que liguem o desertor aos assassinatos nos Estados Unidos.
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