| 24/10/2002 13h33min
O Iraque afirmou nesta quinta-feira, dia 24, que a Organização das Nações Unidas (ONU) precisa enfrentar os Estados Unidos e barrar os esforços daquele país em aprovar uma resolução vista como uma declaração de guerra pelo governo iraquiano. Os EUA apresentaram ao Conselho de Segurança da ONU, na quarta-feira, sua proposta de resolução sobre o Iraque, com planos de votá-la na próxima semana.
A Rússia opôs-se imediatamente ao texto norte-americano, menos incisivo que as versões anteriores. A França apresentou reservas ao projeto. A Grã-Bretanha, como havia feito anteriormente, deu apoio aos EUA. A China disse que divulgaria sua opinião sobre o documento na quinta-feira, um dia antes de o presidente do país, Jiang Zemin, reunir-se com o presidente norte-americano, George W. Bush, nos EUA. Bush deve tentar obter o apoio de Jiang.
O projeto de resolução dos EUA, cujo objetivo declarado é acabar com as supostas armas de destruição em massa mantidas pelo Iraque, ainda abre as portas para a guerra. O país árabe nega possuir tais armas. O texto apresentado ao Conselho de Segurança não fala mais em uma autorização explícita para o uso da força contra os iraquianos, mas ameaça "sérias consequências'' e declara que o país árabe está violando resoluções anteriores do organismo mundial.
O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Maji Sabri, disse que a proposta norte-americana assemelhava-se a uma declaração de guerra tanto contra o governo iraquiano quanto contra a ONU.
– Essa resolução é um insulto à ONU e à comunidade internacional – disse o chanceler iraquiano à TV Al Jazeera, do Catar.
Para ser adotada, a resolução precisa do voto de ao menos 9 dos 15 membros do Conselho de Segurança e não pode ser vetada por nenhum dos membros permanentes do órgão (EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China). As informações são da agência Reuters.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.