| 13/11/2002 20h30min
A investigação sobre armas de destruição em massa promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque terá início na próxima segunda, dia 18, com a chegada do chefe dos inspetores, Hans Bilx, a Bagdá.
– Ele irá discutir acordos e detalhes da operação dos inspetores com autoridades iraquianas durante sua visita a Bagdá – garantiu à agência de notícias Reuters uma fonte, que pediu para não ser identificada.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed El Baradei, responsável pelas equipes de inspetores de armas nucleares, irá acompanhar Blix.
Nesta quarta, o Iraque decidiu aceitar a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a volta dos inspetores de armas ao país. O anúncio foi feito pelo embaixador iraquiano na ONU, Mohammed Al-Douri. Segundo ele, o Iraque não tem nada a temer porque está "limpo" – ou seja, não dispõe de armas de destruição em massa (químicas, biológicas ou nucleares).
Segundo a resolução aprovada há cinco dias pelo Conselho de Segurança da ONU, o Iraque tinha prazo até a próxima sexta-feira, dia 15, para responder se aceitava ou não o retorno dos inspetores de armas. Al-Douri fez o anúncio apenas um dia após a Assembléia Nacional do Iraque ter recomendado a Saddam que rejeitasse a resolução da ONU.
Os Estados Unidos receberam com cautela a aceitação incondicional do Iraque à resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige que o país se desarme, afirmando que Bagdá não tinha outra opção. Durante reunião de gabinete, o presidente George W. Bush repetiu a política de "tolerância zero" com qualquer interferência no trabalho dos inspetores.
As inspeções no Iraque começaram em 1991. Após repetidas falhas de cooperação, os inspetores deixaram o país em dezembro de 1998. Horas depois de sua saída, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha iniciaram três dias de bombardeios aéreos.
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