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Com a promessa de investir R$ 1,8 milhão na organização do 3º Fórum Social Mundial, a equipe do futuro governador Germano Rigotto tenta contornar um dos temas políticos mais delicados da transição. Criado sob o amparo da gestão de Olívio Dutra, em 2001, o Fórum deveria receber R$ 2,7 milhões no próximo ano, conforme previsão do atual governo. O patrocínio do Estado ao evento, que reúne esquerdistas de todo o mundo, revoltou os adversários de Olívio e se tornou tema da campanha para a sucessão estadual.
Com a decisão, a equipe de Rigotto escolhe um caminho intermediário entre o corte total de verbas proposto por simpatizantes do governador eleito e a dotação definida pelo atual governo. Durante reunião realizada na manhã desta quinta, dia 27, na Secretaria da Coordenação e Planejamento, o coordenador da equipe de transição, João Carlos Brum Torres, disse que a decisão de reduzir o valor resultou da análise do fluxo de caixa do orçamento para o próximo ano.
O secretário da Administração e Recursos Humanos, Marco Maia, integrante da equipe de transição do atual governo, disse que os recursos disponibilizados para a realização da terceira edição do evento são de inteira responsabilidade do futuro governo. Acrescentou que a preocupação da atual gestão é entregar o Estado com todos os compromissos quitados.
Para Sérgio Haddad, presidente da Associação Brasileira de Organizações Não-governamentais (Abong), a decisão de diminuir a verba para a execução do evento trará prejuízos com relação à qualidade do Fórum e deverá comprometer a manutenção do evento na Capital. Conforme Haddad, as equipes seguirão tratando do assunto, e o comitê organizador do Fórum Social espera a confirmação dos recursos inicialmente previstos.
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