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Depois de seis horas de inspeção, os especialistas em armas da Organização das Nações Unidas (ONU) descobriram nesta segunda, dia 2, o sumiço de alguns equipamentos marcados anteriormente pelos inspetores em uma instalação de mísseis iraquiana. Esta é a primeira falha descoberta em cinco dias de investigações no país de Saddam Hussein. As autoridades iraquianas alegaram que o equipamento desaparecido já teria sido destruído por um bombardeio aliado ou que teria sido transportado para outras instalações.
Uma fonte da ONU recusou-se a comentar o grau de seriedade do problema, mas disse que o lado iraquiano havia informado aos inspetores para onde os equipamentos teriam sido levados. O comunicado informou que em 1998 no local havia um grande número de peças de equipamentos marcados pela Comissão Especial das Nações Unidas (Unscom) e várias câmeras de monitoramento.
Sem sofrer obstrução, um grupo de inspetores foi à fábrica Karamah (que significa "Dignidade") em Wazireyah, um bairro industrial da capital. Os inspetores proibiram a entrada e saída de pessoas da fábrica. Al-Karamah foi um dos alvos dos bombardeios americanos no Iraque em dezembro de 1998. O comunicado disse que a instalação, administrada pela Comissão de Industrialização Militar, é atualmente um local para pesquisa e desenvolvimento. A fábrica é protegida por uma cerca alta e tem na frente um cartaz com a foto de Saddam e a frase: "A água continua livre". O local é uma das principais instalações de desenvolvimento de mísseis do Iraque, e já foi monitorado anteriormente por outros grupos de inspetores.
Outro grupo de inspetores esteve em uma indústria de bebidas e em prédios vizinhos, abandonados, a 30 quilômetros da capital. Não se sabe por que o local foi escolhido.
Nesta segunda também veio à tona a informação de que, com o objetivo de produzir foguetes convencionais, o Iraque teria tentado, sem sucesso, adquirir tubos de alumínio no Exterior. A revelação, divulgada pela rede de TV CNN, foi feita por autoridades iraquianas aos inspetores de armas da ONU. As mesmas fontes afirmaram que o país teria fracassado em sua tentativa e negaram que o material pudesse ser usado em um programa de armas nucleares. Sob os termos do regime de sanções aplicado pela ONU ao país de Saddam Hussein, qualquer tentativa iraquiana de importar materiais que possam ser usados na produção de armas seria considerada uma violação. Os Estados Unidos já haviam acusado o Iraque de tentar obter tubos de alumínio, supostamente para serem usados em seu programa de armas nucleares.
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