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Na tentativa ganhar apoio da opinião pública para uma possível guerra contra o Iraque, o governo britânico divulgou nesta segunda, dia 2, um polêmico dossiê sobre supostos abusos contra os direitos humanos – incluído estupros e tortura – cometidos pelo regime do ditador Saddam Hussein.
O relatório afirma que o Iraque é "um lugar apavorante para se viver", com a população "amedrontada pela maneira como Saddam se mantém no poder." Organizações de defesa dos direitos humanos consideraram o dossiê um lance oportunista.
O relatório oficial, de 23 páginas, contém gráficos com informações fornecidas por vítimas que as autoridades britânicas dizem ter encontrado, além de material enviado por serviços de inteligência e organizações de ajuda humanitária no Iraque. O documento dá detalhes dos supostos métodos de tortura que seriam aplicados no Iraque, como olhos arrancados, mãos perfuradas e banhos com ácido.
O presidente iraquiano, Saddam Hussein, é acusado de aplicar penas severas como mandar cortar as orelhas e a língua daqueles que falarem mal dele. Segundo o relatório, as mulheres seriam estupradas, torturadas e sumariamente executadas.
Organizações de defesa dos direitos humanos criticaram o momento escolhido para a publicação do documento. A divulgação ocorre seis dias antes da data-limite imposta a Bagdá para apresentar uma declaração completa sobre suas armas químicas, biológicas e nucleares, sob pena de enfrentar "sérias conseqüências" impostas pela resolução do Conselho de Segurança da ONU.
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