| 30/10/2007 16h18min
Com o adiamento do WCT Brasil por falta de onda na Praia da Vila, em Imbituba, a única movimentação nesta terça-feira foi a concorrida coletiva de imprensa com os três candidatos ao título mundial: os australianos Mick Fanning e Taj Burrow e o norte-americano octacampeão mundial Kelly Slater, que ainda estava na estrada no momento da entrevista.
Octacampeão mundial, Slater acredita que será difícil alguém impedir que Fanning conquiste o título neste ano (veja abaixo quais são as chances do australiano) e também confessou que a rivalidade contra ele não é a mesma contra o havaiano Andy Irons, seu principal adversário dos últimos anos.
– Bom, eu não tive um ano tão bom quanto o Mick e fico feliz por ainda estar disputando o título. Ele está muito determinado neste ano e dificilmente alguém ira alcançá-lo. É muito difícil manter o foco o ano todo e ele surfa todo dia, o tempo todo, é o primeiro a chegar na praia e se ele perder vai ser muito triste. Acredito que seria muito difícil ele retomar esta posição no próximo ano. Minha relação com o Mick sempre foi mais saudável do que com o Andy, pela rivalidade entre nós e pela pressão da midia também – falou Kelly.
Slater vai se aposentar?
Dos três candidatos ao título, a situação mais complicada é exatamente a de Slater, que precisa no mínimo chegar nas semifinais no WCT Brasil e ainda vencer a grande final no Havaí.
– Não importa o que aconteça, eu adoraria ganhar em Pipeline novamente. Sempre chego motivado para competir lá e caso eu tenha chances do título irei mais motivado ainda. Só que não consegui ficar totalmente concentrado no circuito neste ano, com dúvidas entre parar ou não de competir, mas aí venci a etapa dos Estados Unidos e entrei na briga do título, porém foi um ano difícil para mim- falou Slater, que ainda foi questionado se vai parar de competir.
– Eu não sei ainda. Se eu for campeão neste ano com certeza vou tentar o 10º título no ano que vem, se não vencer realmente não sei se continuarei ou não, não tenho uma decisão formada sobre isso.
Fanning gostaria de ser campeão no Brasil
As primeiras perguntas foram dirigidas para o líder do ranking. Mick Fanning, e único que pode garantir o título antes da grande final em Pipeline, no Havaí:
– Gosto muito de vir ao Brasil e também de surfar esta onda aqui na Praia da Vila e, com certeza, conquistar o título mundial aqui seria muito especial para mim – respondeu sobre a possibilidade de se sagrar campeão mundial em Imbituba.
– Venho realizando uma forte preparação desde minha última contusão, há dois anos. No ano passado, já consegui alguns resultados e neste ano comecei bem já com vitória na primeira etapa e continuei o trabalho intenso dentro e fora d’água com o objetivo de conquistar o título mundial. Será ótimo se isso acontecer aqui no Brasil, pois a torcida aqui é vibrante, acompanha muito o nosso esporte e é viciado no surfe como poucos países no mundo – opinou Mick Fanning, que tenta levar o caneco de campeão mundial do WCT para a Austrália, fato que não acontece desde a conquista do veterano Mark Occhilupo em 1999.
Taj Burrow se espelha em Raikkonen
Quem também pode acabar com esta enorme lacuna de quase oito anos é Taj Burrow, que chega no Brasil em terceiro lugar no ranking. Burrow fez uma comparação da sua situação com a de Kimi Raikkonen na Fórmula-1. No caso, o finlandês, terceiro colocado, tinha poucas chances, mas acabou campeão mundial.
– Eu não vi a corrida, mas fiquei sabendo e achei bem curioso. Seria ótimo se o mesmo acontecesse comigo aqui, mas ainda tem um longo caminho pela frente. Já tive bons resultados aqui no Brasil, venci essa etapa aqui na Praia da Vila em 2004 e estou amarradão, mas o Mick e o Kelly também já venceram aqui, então a briga promete ser muito boa – acredita Burrow, que antes da vitória em Imbituba já havia vencido duas vezes a etapa brasileira quando era no Rio de Janeiro.
Kelly disse que não ficou totalmente concentrado no circuito neste ano
Foto:
Julio Cavalheiro
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