| 13/11/2007 18h59min
Correção: Das 14h de ontem às 11h50min de hoje, zerohora.com informou equivocadamente que Dario Trevisan foi coordenador da Fatec. Na verdade, ele foi presidente da Comissão Permanente de Vestibular (Coperves). Era também o responsável pelo Programa Trabalhando pela Vida, ligado à Fatec. O texto foi corrigido
Por volta das 15h desta terça-feira, quando a Polícia Federal (PF) estacionou uma viatura em frente à World Travel Turismo Ltda., em plena Rua Pinheiro Machado, uma das mais movimentadas de Santa Maria, populares começaram a se reunir em frente à empresa. Lá dentro, pelo menos cinco agentes da PF recolheram documentos e bens com base em duas ordens judiciais.
Empresa de familiares do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Paulo Jorge Sarkis, a World Travel é suspeita, pelas investigações que culminaram na Operação Rodin, de ser uma das
beneficiadas pela fraude envolvendo a UFSM, por meio da Fundação de
Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A fraude teria resultado em um desvio de cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos.
Entenda como funcionava a fraude no Detran
Outros mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na cidade hoje, segundo o delegado da PF Gustavo Schneider, um dos responsáveis pelo caso. Um dos alvos era a casa do próprio ex-reitor, de onde também teriam sido recolhidos documentos e bens. A PF, contudo, disse que somente amanhã fornecerá um balanço oficial sobre os locais onde foram feitas as buscas.
Segundo investigações do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público Especial (MPE), órgão ligado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), a empresa de
turismo dos familiares de Sarkis teria sido subcontratada, sem
licitação, pela Pensant, empresa de propriedade de José Antônio Fernandes, tido como o lobista da operação. Segundo a Justiça, na condição de reitor da UFSM, Sarkis tinha papel relevante junto à Fatec e teria se valido das forças políticas a que tinha acesso, especialmente os lobistas da família Fernandes e do empresário Lair Ferst, para a obtenção do contrato.
Os agentes deixaram a empresa por volta das 19h. Junto, levaram 15 caixas de arquivos, sete pastas, uma CPU (parte principal do computador) e duas maletas. Os documentos apreendidos foram levados para Porto Alegre, onde uma força-tarefa entre PF, MPF e MPE está fazendo a análise dos documentos, segundo Schneider.
O advogado da empresa, Giovane Mânica, disse que a diretoria não se manifestaria sobre o caso enquanto não recebesse um comunicado oficial da Justiça sobre o que estava sendo investigado. Já o advogado de Paulo Jorge Sarkis, Fábio Fayet, informou que não se manifestaria sobre o assunto a pedido do
cliente. Schneider garantiu
que o ex-reitor deve ser chamado para prestar depoimento à PF nos próximos dias.
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