| 27/11/2007 13h31min
Depois de 22 dias sem falar com a imprensa, a nadadora Rebeca Gusmão resolvou quebrar o silêncio nesta terça-feira. Em entrevista ao Globo Esporte, a ganhadora de quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro voltou a negar o uso de doping.
– Sim, sou inocente. Se não fosse, não envolveria tantas pessoas que confiam em mim e em quem eu confio. Não estaria me defendendo. Para mim, seria mais facial ficar calada – afirmou Rebeca.
A nadadora disse que está sendo vítima de uma injustiça e que o médico Eduardo de Rose, presidente da Comissão Médica da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), está lhe perseguindo.
– Fui condenada sem poder me defender – disse.
A nadadora confirmou que a médica Renata Castro, que pediu o afastamento da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos após a divulgação do dopoing, foi sua escolta nos exames realizados durante o Pan, ao não ser no feito no dia 18, dia em que a médica se ausentou e que a voluntária Adriana Salazar foi impedida de ser sua escolta.
Exames de DNA nas amostras de urina entregues pela nadadora nesse dia revelaram a existência de urina de pelo menos duas pessoas diferentes e apontam para a tentativa de fraude no exame, do qual a nadadora se defendeu alegando falta de organização dos responsáveis por coletar o material.
– Estava tudo muito bagunçado. Havia muitos atletas e eles não davam conta de atender a todos – alegou a nadadora, flagrada no antidopinig pelo uso de testosterona exógena.
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