| 07/02/2008 09h34min
O ministro das Relações Institucionais José Múcio tentou explicar, na manhã desta quinta-feira, os gastos do governo com cartão corporativo em despesas como em lavanderias e em livrarias. Apesar de justificar muitas dessas despesas, o ministro não conseguiu explicar o gasto na reforma de uma mesa de sinuca. Mas, adiantou que as pessoas que fizeram gastos irregulares serão punidas
— Quem fez, se não tiver justificativa, vai ter que responder — disse, ao ser questionado sobre o assunto, no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Múcio defendeu a decisão do governo de pedir a abertura de CPI para investigar o caso e se diz confiante na isenção dos trabalhos, uma vez que a comissão terá a participação de senadores da base e da oposição. O Palácio do Planalto propôs, ontem, a criação de uma comissão apenas no Senado para investigar gastos de cartões corporativos e despesas eventuais de presidentes e ministros nos últimos 10 anos, o que incluiria o segundo mandato de
Fernando Henrique
Cardoso.
— O governo mostrou absoluta transparência ao pedir para a sua base apoiar a CPI — defendeu, alegando que o governo foi vítima no caso.
Questionado sobre o impedimento na divulgação de alguns gastos, como na área da segurança, Múcio argumentou que, por ser uma área delicada, não pode se tornar pública e, com isso, colocar em risco familiares ou o próprio presidente.
— A despesa não é com a filha do presidente. As despesas são com a segurança do segurado — disse, esclarecendo que essas questões poderão ser abordadas na CPI.
Apesar dos problemas constatados nos últimos dias, Múcio defendeu a continuidade no uso dos cartões, por eles "tornarem os gastos mais claros".
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