| 19/03/2008 16h50min
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reconheceu nesta quarta-feira que há um excesso de cartões corporativos com servidores públicos. Segundo ele, existem atualmente 11,5 mil cartões, sendo que no ano passado 7,3 mil foram utilizados.
Bernardo participa de audiência pública na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos.
— Se olharmos a estatística feita recentemente, concluímos que tem muito cartão — informou o ministro.
Na opinião do ministro, apesar de falhas nos mecanismos de fiscalização, os cartões representam um avanço no controle dos gastos do governo. Bernardo ressaltou que o mesmo não ocorre nas chamadas contas tipo B, também utilizadas para gastos efetuados em serviço.
— Ninguém sabe quanto se saca em caixa com contas tipo B. Conta B é transparência zero, não sabemos. Não existe sistema onde isso esteja compilado. O cartão está em processo de transparência — disse.
Para ele, é necessário o debate sobre a extinção da conta
tipo B. Paulo Bernardo também defendeu o retorno do pagamento de diárias a ministros de Estado em viagens a serviço. Hoje, estes gastos são pagos por um servidor público.
Segundo ele, os servidores públicos ou ministros não podem efetuar gastos com cartões, em Brasília, para hospedagem ou alimentação, por exemplo.
Quanto as despesas sigilosas, o ministro ressaltou que estão previstas em lei aprovada em 7 de dezembro de 1999 e regulamentada em 2002. Bernardo acrescentou que os gastos estão previstos no orçamento da União, e nesse ano foram aprovadas sem qualquer questionamento dos deputados e senadores.
Bernardo participa de audiência pública na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos
Foto:
Fabio Rodrigues Pozzebom, ABr
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