| 01/04/2008 10h03min
Para driblar a maioria governista na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Cartões, a oposição decidiu atacar em outras frentes e tentar convocar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para depor em comissões permanentes do Senado, como a de Constituição e Justiça e a de Fiscalização e Controle. Outra hipótese é instalar uma CPI dos Cartões só no Senado, onde a maioria do governo é apertada. Além disso, a oposição pedirá que a ministra seja investigada pela Procuradoria-Geral da República. Uma representação do DEM sustentará até que houve crime de responsabilidade.
A ofensiva contra Dilma se deve à denúncia de existência de um dossiê, cuja iniciativa teria partido da Casa Civil, sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Erenice Guerra, secretária-executiva e braço direito da ministra, é suspeita de articular a produção dos papéis.
— Qualquer requerimento que apresentarmos na CPI será tratorado pelos governistas — afirmou o líder
do DEM no Senado, José
Agripino Maia (RN), ao reconhecer que a oposição não tem chances de aprovar a convocação de Dilma.
— Vamos barrar o abuso. Abuso é tentar personalizar o debate eleitoral — contrapôs o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). — Por isso não vamos deixar que as convocações virem uma banalização, uma disputa eleitoral.
Sem votos para aprovar qualquer convocação e pedido de envio de documentos com gastos da presidência com cartões corporativos e contas tipo B (despesa justificada por nota fiscal depois de o servidor receber uma verba), a oposição resolveu recorrer ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. O DEM anunciou na segunda-feira que apresentará até o fim da semana seu pedido para que o Ministério Público abra processo de investigação para averiguar o suposto dossiê.
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