| 13/01/2003 10h17min
O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon (foto), mostrou sinais de recuperação nas pesquisas eleitorais publicadas nesta segunda, dia 13, apesar dos escândalos que atingem sua campanha. A notícia surgiu após um fim de semana tenso, com 10 mortes no Oriente Médio.
Segundo os levantamentos publicados nos jornais Yedioth Ahronoth e Maariv, o partido Likud, de Sharon, deve conseguir até 33 das 120 cadeiras no Parlamento. Os trabalhistas, que na semana passada, chegavam a 24 cadeiras, recuaram para 20.
Sharon vem sendo acusado de ter recebido US$ 1,5 milhão ilegalmente de um empresário sul-africano para cobrir gastos de uma campanha eleitoral, em 1999. Os dois antecessores do primeiro-ministro já haviam sofrido acusações semelhantes.
Analistas políticos dizem que o eleitorado pode ter se solidarizado com o primeiro-ministro, diante da saraivada de acusações contra ele na imprensa. Na quinta, dia 9, uma entrevista em que Sharon se defendia foi tirada do ar porque a Justiça Eleitoral entendeu que se tratava de propaganda política irregular. As eleições acontecem no dia 28 de janeiro e são vistas como fundamentais para o futuro da guerra contra os palestinos.
Na noite desse domingo, dia 12, quatro palestinos foram mortos em dois incidentes paralelos, quando tentavam se infiltrar, armados, em Israel. Um dos grupos chegou ao sul do país vindo do Egito, enquanto o outro, ligado à Jihad Islâmica, invadiu a cidade de Gadish, no norte, perto da Cisjordânia.
Em Gadish, um guarda foi assassinado antes que o Exército interviesse, matando dois atiradores. No incidente ocorrido perto do Egito, um soldado israelense e outros dois militantes palestinos morreram. Mas Ismail Abu Shanab, do grupo Hamas, nega relação entre os ataques e a votação. As informações são da agência Reuters.
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