| 09/08/2008 09h15min
O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, propôs neste sábado o fim imediato das hostilidades na Ossétia do Sul e o início do processo de desmilitarização dessa região separatista georgiana:
— Propomos o cessar-fogo imediato e o início da retirada de tropas — disse Saakashvili, em entrevista coletiva.
O comandante das tropas russas de paz na Ossétia do Sul, general Marat Kulakhmetov, disse desconhecer a iniciativa:
— A parte georgiana está bombardeando Tskhinvali (capital da Ossétia do Sul) durante 40 minutos — disse, em relação à cidade que as tropas russas reconquistaram hoje para os separatistas.
Também não param, disse, as "tentativas de ataque à cidade com o uso de carros de combate e transportes blindados". De acordo com os dados oficiais mais recentes, em três dias de combates, as forças governamentais georgianas tiveram cerca de 50 baixas e aproximadamente entre 470 e 480
feridos.
Simultaneamente, um comunicado divulgado pela Chancelaria georgiana
acusa a Rússia de lançar uma "agressão militar de grande escala contra um Estado soberano".
— A aviação russa bombardeia alvos militares e civis em todo o território da Geórgia. Em águas da Abkházia (outra região separatista), entraram navios da Marinha russa — diz o documento.
Enquanto isso, unidades do exército russo entraram na Ossétia do sul para implantar um "regime de ocupação militar", segundo a nota.
"Hoje, a Geórgia está de fato em guerra com a Rússia", diz o documento, e assegura que "o Estado georgiano empreende todas as medidas para preservar a independência e garantir a segurança de seus cidadãos".
O secretário do Conselho de Segurança da Geórgia, Alexander Lomaia, disse que a proposta do presidente inclui a retirada das forças georgianas de Tsjinvali, a capital da Ossétia do Sul.
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