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| 16/01/2009 13h03min
Em meio à dor dos familiares, dirigentes e torcedores do Brasil-Pe, jogadores da dupla Gre-Nal treinaram nesta manhã em clima de tristeza. Os trabalhos aconteceram normalmente, mas o silêncio imperou nas concentrações de Inter e Grêmio.
Um dos mais emocionados era o goleiro Michel Alves, que já atuou no clube pelotense. Ao conceder entrevista ao repórter André Silva, da Rádio Gaúcha, o ex-camisa 1 Xavante falava com a voz embargada e olhos lacrimejantes.
— A gente está preparado para um monte de situação, mas para a morte ninguém está. Nestas horas tem de se comover e fazer uma reflexão de nós mesmos, de onde estamos errando — disse Michel Alves.
O goleiro do Inter revelou que recebeu uma mensagem do preparador de goleiros Alex Lessa. Ao ler o celular, ficou sabendo do acidente e da morte do atacante Claudio Milar, do zagueiro Régis e do preparador de goleiros Giovani Guimarães.
— Eu trabalhei com os três (vítimas). Além de
ótimos profissionais, tinham ótimo nível, extrema
qualidade, como ser humano. Índole, então, não se fala nada. É um momento difícil. Que Deus cuide do coração dos familiares — concluiu o goleiro.
Do lado gremista, Celso Roth lamenta o ocorrido
Os integrantes da delegação do Grêmio receberam a notícia sobre a tragédia envolvendo o Brasil-Pe no começo da manhã, em Bento Gonçalves. O técnico Celso Roth, que trabalhou no clube em 1995, lamentou o acidente.
— É a realidade, aconteceu o fato e ficamos consternados porque são colegas de profissão. Estamos toda hora nessa situação, é ônibus para lá, avião para cá. É uma coisa inevitável e quando acontece com colegas tão próximos ficamos muito triste. São pessoas que estavam voltando do trabalho. O fato é que estamos todos hoje de luto — declarou Roth.
O treinador gremista destacou ainda a necessidade dos clubes se solidarizarem com o time de Pelotas:
— União não só dos clubes, mas
de todas as entidades, a Federação Gaúcha. Temos que ter essa noção, é
uma infelicidade muito grande do Brasil-Pe. Eu trabalhei lá no início de carreira, fico muito chocado, porque o Brasil-Pe tem dificuldades e vinha formando um grupo para disputar o Gauchão. Temos que estar solidários — salientou.
Mãe (ajoelhada) e pai (D, de preto) no velório de Milar, no Bento Freitas
Foto:
rádio gúcha
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Um dia antes da tragédia, Milar falou sobre o Gauchão.(zerohora.com)