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Soldados dos Estados Unidos, animados pelo salvamento de sete prisioneiros de guerra norte-americanos, combateram neste domingo os remanescentes do exército iraquiano no último bastião do poderio de Saddam Hussein, Tikrit, cidade natal do ditador. Enquanto isso, autoridades da administração do presidente George W. Bush advertiam a Síria para que não conceda refúgio para líderes iraquianos fugitivos.
Já era noite quando fuzileiros navais norte-americanos enfrentaram tropas iraquianas, inclusive com tanques, no sul de Tikrit, onde comandantes dos EUA suspeitam que as unidades remanescentes da Guarda Republicana e guerrilheiros da milícia Fedayeen montem um último bastião.
Os norte-americanos festejaram quando todos os sete prisioneiros de guerra reconhecidos oficialmente foram encontrados a salvo e com saúde na estrada entre Bagdá e Tikrit, depois que seus captores aparentemente fugiram com o avanço dos fuzileiros na cercada cidade natal de Saddam.
Em Bagdá e Basra, uma quase-normalidade retornou assim que os primeiros iraquianos se dispuseram a ajudar para restaurar a lei e a ordem e reconstruir as cidades destruídas. E, ao norte do país, na cidade petrolífera de Kirkuk, tropas norte-americanas diminuíram as tensões depois de dias de violência nas ruas.
Enquanto isso, nos EUA, Bush comemorou a libertação dos prisioneiros norte-americanos e advertiu a Síria a não dar asilo para líderes iraquianos fugitivos.
– A Síria só precisa cooperar com os Estados Unidos e nossos parceiros da coalizão, para não abrigar integrantes do Baath (partido de Saddam), oficiais militares e qualquer pessoa que vá se abrigar por conta própria – disse Bush a repórteres na Casa Branca.
O secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, disse que alguns dos mais importantes membros do governo derrubado de Saddam já obtiveram refúgio na Síria.
– O governo (sírio) está cometendo um monte de erros graves, um monte de maus julgamentos, na minha opinião – disse Rumsfeld no programa da CBS Face the Nation.
O general Tommy Franks, comandante da guerra liderada pelos EUA no Iraque, disse que apesar de o coração do exército iraquiano ter sido destruído, milícias, esquadrões da morte e lutadores estrangeiros estão na luta.
– Enquanto nós não tivermos a noção de que temos tudo sob controle, provavelmente não iremos caracterizar esta fase militar inicial como concluída e o regime exterminado – disse Franks à CNN.
Os rumores sobre o destino de Saddam continuaram a circular. Alguns acreditam que ele possa estar em Tikrit ou que já tenha fugido para o Exterior, outros opinam que ele deve estar morto. Franks disse que os Estados Unidos têm o DNA de Saddam e poderiam usá-lo para verificar se as tentativas para matá-lo deram certo.
Em Bagdá, centenas de policiais iraquianos e funcionários públicos – ansiosos para restaurar a calma após dias de anarquia, saques e destruição – responderam aos chamados norte-americanos para um encontro no centro da cidade e para discutir o retorno ao trabalho. Autoridades iraquianas disseram que a polícia local deveria se reunir na segunda-feira na academia de polícia, trabalhadores da saúde em um hospital e trabalhadores do setor elétrico em uma das estações de força de Bagdá. Eles poderão reiniciar suas tarefas.
Na cidade de Basra, as ruas que haviam assistido a saques generalizados estavam visivelmente menos tensas depois que policiais iraquianos se juntaram à polícia militar britânica para tentar restaurar a calma.
As tensões persistiram no norte do Iraque, onde pelo menos oito pessoas foram mortas em batalhas entre curdos iraquianos aliados dos EUA e tribos árabes ainda leais à Saddam. Combatentes curdos e líderes tribais disseram que a maior parte das lutas teriam acontecido nas imediações de Huwaija, na estrada entre Kirku e Tikrit.
Em Kirkuk, tanques norte-americanos e tropas em veículos blindados ajudaram a restaurar a calma, após um espasmo de anarquia e vandalismo.
As informações são da agência Reuters.
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