| 12/10/2003 14h48min
Sobreviventes e parentes de vítimas dos ataques do ano passado em Bali prestaram homenagem neste domingo, dia 12, aos 202 mortos em meio a novas ameaças de ataques de muçulmanos radicais. Cerca de 2 mil pessoas participaram de um serviço memorial em frente à praia de Kuta, onde militantes muçulmanos explodiram duas casas noturnas exatamente há um ano.
Mais de 800 pessoas participaram do serviço cristão, a maioria da Austrália, que perdeu 88 cidadãos no pior ato de terror desde 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Nos ataques de Bali morreram pessoas de 22 países.
– Se não voltássemos para cá eles teriam vencido. Isso serve para mostrar que eles não podem atingir o espírito australiano. Vamos continuar vindo para cá – disse Jason Madden, de 31 anos, que perdeu sete amigos de um time de futebol.
Centenas de pessoas peregrinaram até o local onde existia o Sari Club, que já foi um dos mais freqüentados daquela região, mas que agora virou um santuário, com coroas e buquês de flores. Muitas pessoas leram mensagem ou observaram fotografias dos parentes e amigos mortos coladas em um painel em frente ao local.
O primeiro-ministro da Austrália, John Howard, e líderes da Indonésia, país muçulmano mais populoso do mundo, participaram do evento em Bali. O ministro da segurança da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, prometeu lutar contra o terrorismo.
– Esses homens diabólicos e sua maldade simplesmente não têm lugar em nossa sociedade. Eles pertencem aos nossos calabouços mais escuros. A história lhes condenará para sempre – disse Yudhoyono.
Cerca de 40 pessoas foram presas em conexão com os atentados. Vinte foram condenadas, sendo três à morte. Um dos condenados à pena capital, conhecido como Samudra, disse em entrevista no domingo que não se arrepende.
A Indonésia credita o ataque ao grupo Jemaah Islamiah, ligado à rede Al Qaeda. Especialistas dizem que é apenas uma questão de tempo até que o grupo volte a atacar na Indonésia ou em outro lugar do Sudeste Asiático.
Na Austrália, as bandeiras do país foram baixadas a meio mastro neste domingo. Na praia de Coogee, em Sydney, cerca de mil pessoas participaram de um serviço em memória da vítimas.
As informações são da agência Reuters.
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