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O Exército da Bolívia interceptou na quarta, dia 15, uma caravana de mineiros que se dirigia a La Paz, provocando um batalha na qual morreram dois operários. As mortes elevam para 55 o total de vítimas dos protestos iniciados há um mês e dirigidos contra o presidente do país, Gonzalo Sánchez de Lozada.
A operação militar realizada no povoado de Patacamaya, 110 quilômetros ao sul de La Paz, acabou em um violento conflito, em meio ao qual os mineiros detonaram bananas de dinamite. Segundo um porta-voz dos mineiros, os militares atiraram contra os pneus dos veículos.
– Acabo de ser informado da morte de dois mineiros. Outros seis ficaram feridos a bala – disse a uma rádio o padre Porfirio Ticona, de Patacamaya.
Segundo o religioso, centenas de mineiros chegaram ao povoado em caminhonetes e caminhões vindos de Huanuni, a mina de estanho mais importante da Bolívia. Os trabalhadores queriam, ao lado de outras caravanas, chegar a La Paz.
Os manifestantes pedem a renúncia do presidente, que já afirmou que não renunciará. O mandato de cinco anos dele termina em 2007. O chefe do gabinete de Sánchez de Lozada, chanceler Carlos Saavedra, disse na quartadepois de se reunir com o dirigente:
– O governo está disposto a negociar tudo, menos essa exigência, que significa a ruptura da instituição democrática do país – revelou.
Devem chegar nesta quarta a La Paz várias marchas de agricultoras, mineiros, plantadores de coca, operários e moradores da cidade de El Alto, vizinha da capital.
As manifestações começaram no país no dia 15 de setembro com o bloqueio de estradas. Os bloqueios foram liderados pelo deputado indígena Felipe Quispe e eram um protesto contra a exportação de gás para os EUA por meio de um porto do Chile.
As informações são da agência Reuters.
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