| 16/10/2003 07h53min
O presidente Gonzalo Sánchez de Lozada discursou para o país nesta quarta, dia 15, e prometeu realizar referendo sobre um projeto de gás controverso, além de promover a reforma de uma lei de energia e reformas constitucionais. Tentando acalmar a população revoltada em todo país, Lozada disse que os protestos são de autoria de "grupos anarquistas". Muitos bolivianos, entretanto, acreditam que a distância entre o governo e o povo de maioria indígena é tão grande que a renúncia é a única solução.
Os protestos contra Lozada começaram na região metropolitana da capital, La Paz, quando o governo anunciou um projeto de vender gás natural para os EUA através de um porto do Chile, país para o qual a Bolívia perdeu sua saída para o mar em uma guerra travada no final do século 19. Os manifestantes ganharam força em todo o país e passaram a exigir a renúncia de Sánchez de Lozada, acusado de não fazer nada para combater a pobreza no país.
Em confronto com forças policias, no últimos mês mais de 50 civis bolivianos já foram mortos. Nesta quarta o exército da Bolívia entrou em ação para impedir protestos de indígenas e mineradores, que portavam dinamite em La Paz. O saldo foi de dois mortos. Milhares de produtores de coca e trabalhadores, incluindo mineiros, agruparam-se no centro de La Paz a apenas alguns quarteirões do palácio presidencial, guardado por policiais e carros blindados. Os manifestantes jogaram pedras e coquetéis Molotov no palácio do governo.
Com informações da agência Reuters.
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