| 19/10/2003 18h33min
Atiradores mataram três israelenses na Cisjordânia neste domingo, dia 19, enquanto a violência crescente fazia Israel convocar várias centenas de soldados na reserva para amparar suas forças nos territórios ocupados. O grupo Brigadas de Mártires Al Aqsa, um grupo ligado ao movimento Fatah, do presidente Yasser Arafat, assumiu a responsabilidade pelo atentado.
Em um comunicado enviado à Reuters, o grupo disse que a "operação foi uma resposta aos massacres sionistas contra o nosso povo", e em retaliação aos ataques de Israel na Faixa de Gaza, na semana passada, quando 15 pessoas foram mortas.
O comunicado ameaça ainda que "haverá mais operações contra a ocupação por soldados até que eles deixem nossa terra", e que esses ataques serão "severos".
O ataque deste domingo – mais um de uma série de violentos incidentes no fim de semana que desferiu novos golpes a um plano de paz apoiado pelos Estados Unidos – aconteceu no vilarejo palestino de Ein Yabrud, ao norte da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e perto do assentamento judeu de Ofra.
Uma fonte de segurança disse que um grupo de israelenses foi atacado com tiros e que três foram mortos e um quarto israelense ficou ferido. A Rádio Israel disse que um dispositivo explosivo havia sido detonado durante o ataque.
A mídia israelense disse que o vilarejo palestino foi colocado sob toque de recolher enquanto os soldados procuravam os atacantes.
O ministro da Justiça israelense, Yosef Lapid, condenou o ataque e culpou os líderes palestinos.
– Estes homens loucos que nos causam dor e pesar também estão causando aos palestinos uma deterioração até o desamparo – disse Lapid em uma entrevista à televisão israelense. – Eu não entendo porque a liderança palestina não pára essa loucura – falou.
Em outro incidente violento no domingo, soldados feriram um palestino de 18 anos na cidade de Jenin, na Cisjordânia, quando abriram fogo contra um grupo que estava atirando pedras, disseram médicos palestinos.
Mais cedo no domingo, Israel convocou várias centenas de reservistas para servirem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia devido ao aumento da violência e ao temor de uma nova onda de ataques suicidas a bomba de palestinos. Ao ser questionado sobre a convocação, a porta-voz do Exército israelense, Ruth Yaron, disse à Rádio Israel:
– Nós estamos enfrentando outra onda de terror.
Segundo Yaron, os reservistas iriam cobrir buracos provocados por cortes nos gastos de Defesa. As informações são da agência Reuters.
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