Subiu para 34 o número de vítimas de uma série explosões ocorridas nesta segunda, dia 27, em Bagdá. Em quatro incidentes praticamente simultâneos  224 ficaram feridas. Além da sede da Cruz Vermelha, três delegacias foram atingidas. As explosões espalharam medo pela cidade no primeiro dia do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

Dois dos ataques parecem ter sido suicidas. No atentado contra a Cruz Vermelha, foi utilizado um veículo identificado como ambulância. Segundo o chefe de polícia do Iraque e vice-ministro do Interior, Ahmad Ibrahin, 26 dos mortos eram civis e oito eram policiais. Dos feridos, 159 eram civis e 65 policiais. 

Conforme a rede CNN, pelo menos dois soldados dos EUA morreram em um dos quatro atentados deflagrados em Bagdá. Os militares americanos disseram ainda que um número desconhecido de soldados ficou ferido em pelo menos uma das explosões em postos policiais iraquianos.

A força da explosão de uma das bombas derrubou o muro do prédio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, no centro da cidade, e estilhaçou todas as janelas.

– Acho impossível entender o objetivo dessa ação. Temo que a maioria dos feridos seja de iraquianos – disse a porta-voz da Cruz Vermelha Nada Doumani ao canal de TV Al Arabiya.

Segundo testemunhas, a primeira explosão ocorreu por volta das 8h30min de Bagdá (3h30min hora de Brasília), quando um veículo dirigiu-se ao prédio da Cruz Vermelha. A maior parte dos funcionários da Cruz Vermelha não havia chegado ao trabalho no momento do ataque, por causa do horário do Ramadã.

Hertling disse que os guardas impediram a entrada do veículo no complexo da Cruz Vermelha e por isso a carga explosiva foi detonada a 20 metros da barreira de sacos de areia do portão. A explosão deixou uma cratera de um metro de profundidade e de três a quatro metros de diâmetro.

No domingo, dia 26, foguetes foram lançados contra um hotel de Bagdá onde estava o subsecretário de Estado norte-americano, Paul Wolfowitz. Ele escapou ileso, mas um soldado do EUA morreu e outras 17 pessoas ficaram feridas.

As informações são da agência Reuters.