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Os chanceleres da Espanha e Iraque pediram na segunda, dia 12, à Organização das Nações Unidas (ONU) que volte ao território iraquiano o mais rápido possível para ajudar na transferência de soberania para a população do país. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse que ainda considera a segurança na nação precária demais para a volta dos funcionários estrangeiros da entidade, retirados em outubro, depois de dois atentados contra a sede local do órgão.
Após reunião com sua colega espanhola, Ana Palacio, o chanceler iraquiano, Hoshiyar Zebari, disse que o Conselho de Governo nomeado pelos EUA no Iraque espera que a ONU ajude na transferência de poder, prevista para o fim de junho.
– Pedimos à Assembléia Geral da ONU e ao Conselho de Segurança que retornem para supervisionar e monitorar os processos político, constitucional e eleitoral – disse ele.
Além da ONU, várias agências humanitárias deixaram o Iraque por causa da violência que impera no país desde o fim do regime de Saddam Hussein, em abril. Palacio, cujo país é um dos aliados mais importantes dos EUA no Iraque, disse que a ONU tem um papel essencial a desempenhar no Iraque e não pode ficar distante.
– Compartilhamos a opinião sobre o papel que a ONU deve ter, e o fato é que não se pode desempenhá-lo à distância – a presença da ONU no Iraque é crucial – afirmou ela.
Zebari lembrou que a ONU está habituada a zonas de conflito e países em crise, e que o Iraque não deveria ser uma exceção. Annan e outras fontes da ONU argumentam que a entidade pode fazer muito mesmo fora do Iraque. Uma delegação do Conselho de Governo se reúne no dia 19 com Annan, em Nova York.
Pelos planos dos EUA, reuniões regionais vão escolher uma assembléia até o final de maio. Esta assembléia vai escolher um governo provisório, com posse prevista para o fim de junho. Uma nova Constituição e eleições gerais devem ficar para 2005.
Esse calendário, no entanto, pode ser complicado pelo aiatolá Ali Al-Sistani, o mais influente clérigo xiita do país, que exige que o governo provisório seja escolhido pela via eleitoral, ainda neste ano. Os EUA dizem que não há condições para isso.
As informações são da agência Reuters.
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