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O ex-chefe de inspeção de armas norte-americano David Kay concluiu que o Iraque não tem estoques de armas químicas e biológicas, o que pode causar embaraços ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no Exterior e oferecer munição à oposição democrata dentro de casa.
Minando a lógica da Casa Branca a respeito da guerra contra o Iraque, Kay disse à Reuters por telefone pouco depois de deixar seu posto na sexta-feira que concluiu que não há armas para serem encontradas.
– Acredito que elas não existam. Todos estavam falando sobre um arsenal produzido depois do fim da última Guerra do Golfo (1991), mas não acredito num programa de produção em larga escala nos anos 90 – disse.
– Creio que tenhamos achado 85% do que poderemos encontrar. Acho que a maior evidência é o fato de eles não terem reativado a produção em larga escala – afirmou Kay, que voltou do Iraque em dezembro e afirmou à CIA (serviço de inteligência americano) que não retornaria.
Em seu pronunciamento anual sobre o Estado da União, na terça, dia 20, George W. Bush insistiu que o ex-líder iraquiano Saddam Hussein adotou ativamente os programas de armas perigosas logo após o começo da invasão liderada pelos EUA, em março.
O principal observador nuclear das Nações Unidas afirmou no sábado não estar surpreso com as conclusões de Kay. O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed ElBaradei, falou com a Reuters em Davos.
– Nós dissemos, ainda antes do início da guerra, que não havia provas sobre isso.
A declaração de Kay certamente reabre o debate nos Estados Unidos sobre os motivos do governo para iniciar a guerra, principalmente entre os candidatos democratas que disputam o direito de tentar derrotar Bush em novembro.
Com informações da Agência Reuters.
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