Forças do Exército de Israel mataram nesta quinta-feira, dia 26, dois palestinos que protestavam contra a barreira física construída pelo Estado judaico na Cisjordânia. Também nesta quinta, dois palestinos armados mataram um soldado israelense em uma zona industrial da fronteira.

Segundo testemunhas do vilarejo de Biddo, na Cisjordânia, militares israelenses abriram fogo contra palestinos que atiravam pedras, matando dois deles. A multidão protestava devido ao início da construção da barreira em Biddo dois dias atrás. As manifestações depois se espalharam para dois vilarejos próximos.

Um porta-voz da polícia de Israel disse não haver informações sobre o uso de armas de fogo no incidente. O Exército, que também patrulha a área ao lado de policiais, não se manifestou sobre o ocorrido. Os dois homens foram os primeiros mortos nos protestos realizados nos últimos meses contra a barreira, feita de arame farpado, muros e trincheiras.

De acordo com Israel, a obra é necessária para proteger o Estado dos terroristas suicidas. Os palestinos vêem nela uma apropriação indevida de suas terras.

A pedido da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a Corte Internacional de Justiça realizou audiências durante três dias nesta semana para decidir sobre a legalidade ou não da barreira física.

A autoria do ataque realizado de manhã contra forças israelenses, que matou um soldado e deixou ao menos dois feridos, foi reivindicada pela Brigada de Mártires de Al Aqsa, ligada ao movimento Fatah do líder Yasser Arafat.

As informações são da agência Reuters.