| 12/02/2004 13h04min
O papa João Paulo II recebeu nesta quinta, dia 12, a visita do primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, e condenou o muro construído por Israel na Cisjordânia. Essa foi a segunda vez em que o papa condenou a barreira construída na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.
– Ninguém precisa ceder à tentação das medidas que desencorajam e muito menos ao ódio ou à retaliação. A Terra Santa precisa de reconciliação: de perdão e não de vingança, de pontes e não de muros – afirmou o pontífice.
O líder da Igreja Católica fez um pronunciamento público rápido depois do encontro de cinco minutos em seu gabinete. A voz do papa soou fraca e ele parecia ter dificuldades para pronunciar as palavras.
Em novembro passado Israel mostrou-se irritado quando o papa condenou pela primeira vez as obras, dias antes da visita do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon à Itália. O dirigente do Estado judaico decidiu não solicitar uma audiência com o líder católico durante sua viagem.
Os palestinos dizem que com a barreira Israel pretende tomar-lhes definitivamente parte das terras. O Estado judaico afirma que a obra visa proteger seus cidadãos contra os terroristas suicidas.
O papa pediu o fim da espiral de ataques e retaliações na região. Os ativistas palestinos prometeram realizar novos atentados depois que o Exército de Israel matou na última quarta 15 palestinos em operações militares em Gaza.
Com informações da agência Reuters.
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