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O primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, disse na quarta, dia 11, que o ataque israelense a Gaza, que matou 14 pessoas, vai "afetar de forma ruim'' o resultado das negociações preparativas para sua primeira reunião com o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon. A reunião preparatória está planejada para este domingo, dia 15, e Korei, em visita a Roma e ao Vaticano, disse que espera encontrar Sharon até o fim de fevereiro ou início de março.
– Não há dúvida de que isso vai afetar de forma ruim a reunião [de domingo] e seu resultado – afirmou ele, comentando o ataque de quarta-feira em Gaza, o mais violento em vários meses, que matou pelo menos 14 palestinos. Israel disse que agiu para conter ataques contra os colonos judeus na região.
Esse incidente representa mais um golpe para o plano de paz norte-americano na região, e alguns militantes pediram à Autoridade Palestina que cancele as reuniões preparatórias. Entretanto, Korei declarou que "mesmo assim haverá um encontro''.
Sharon diz que gostaria que a cúpula com Korei ocorra, mas deixou claro que não vai se comprometer com concessões de antemão. O premiê palestino, que falou à Reuters durante um encontro com líderes da oposição italiana, também alertou Israel contra a tentativa de impor ações unilaterais e contra a construção da barreira na Cisjordânia.
Ele também foi questionado sobre a opinião de alguns líderes palestinos que querem declarar unilateralmente a independência na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, como resposta às ameaças israelenses de fazer a divisão do território por conta própria.
– Há muitas escolhas, muitas idéias, muitas iniciativas com o lado palestino – disse ele. – No momento, ainda estamos comprometidos com a opção dos dois Estados, mas se Israel continuar [a construir] seu muro e tentar impor atos unilaterais, isso não será aceitável. Ninguém pode aceitar e haverá oposição palestina – comentou.
A barreira – em parte um muro, em parte uma cerca – penetra no território da Cisjordânia, ocupado desde 1967 por Israel. Palestinos dizem que a barreira na prática anexa parte de suas terras, enquanto Israel diz que ela serve para impedir a entrada de militantes violentos.
As informações são da agência Reuters.
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