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A Europa inteira parou na segunda, dia 15, por três minutos – de aeroportos a fábricas de automóveis, de escolas a ministérios – em uma homenagem aos mortos nas explosões de Madri na semana passada. Centenas de autoridades da União Européia se reuniram no centro de Bruxelas ao lado do presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, organizador da vigília, e do primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt.
Os cidadãos comuns também interromperam suas atividades diárias para lembrar os 200 mortos e 1,5 mil feridos no pior ataque a bomba da história recente da Europa. O aeroporto mais movimentado do continente, o Heathrow, em Londres, suspendeu todas as decolagens para não interromper o silêncio. Os aviões só ligaram os motores três minutos depois das 11h (horário local, 8h em Brasília).
Passageiros e funcionários ficaram imóveis nos balcões de check-in dos quatro gigantescos terminais. Os empregados da empresa aérea espanhola Iberia mantiveram as cabeças baixas.
Na Alemanha, os cinco mil operários da fábrica da Porsche deixaram seus instrumentos de lado, e os operadores da maior bolsa de ações do país, em Frankfurt, interromperam os negócios e se mantiveram em silêncio. Em Berlim, soaram os sinos da igreja Gedaechtniskirche, parcialmente destruída na Segunda Guerra Mundial.
No Chipre, as negociações de paz entre autoridades dos lados turco e grego da ilha foram brevemente suspensas para observar os três minutos de silêncio.
Por toda a França, os três minutos foram marcados pelo soar de sinos e sirenes. Na estação de trem Gare du Nord, os trens não circularam. Só a polícia, em alerta máximo, circulava pelas plataformas.
Em Milão, o bailarino espanhol Joaquín Cortés, que se apresenta na cidade esta semana, fez um minuto de silêncio antes de uma entrevista coletiva conjunta com o estilista Giorgio Armani, autor do figurino do show.
Em conseqüência dos ataques, o governo do primeiro-ministro José María Aznar foi derrotado nas urnas no domingo pelo líder socialista José Luis Rodriguez Zapatero. Espanhóis que participaram da homenagem de segunda expressaram a esperança de que a posição de Zapatero, contrário à guerra do Iraque, possa ajudar a Espanha a curar a ferida.
As informações são da agência Reuters.
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