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Os ministros da União Européia decidiram nesta sexta, dia 19, nomear um coordenador antiterrorismo e incentivar a troca de informações de inteligência entre as nações do grupo. A França fez questão de deixar claro que os cinco principais países da UE (França, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha e Itália) controlariam o fluxo de informações delicadas para evitar vazamentos.
Durante o encontro, um promotor belga anunciou a prisão de vários militantes islâmicos suspeitos, incluindo um possivelmente envolvido nos ataques a Casablanca, em 2003. Investigadores espanhóis estão buscando conexões entre esse ataque, que deixou 45 mortos, e as bombas nos trens de Madri. Três marroquinos e dois hindus capturados depois dos crimes na Espanha foram indiciados por crime de terrorismo num tribunal francês nesta sexta.
Os ministros pediram que até junho medidas como mandados de prisão válidos em toda a Europa e investigações conjuntas já estejam em vigor. Eles rejeitaram a idéia
de uma CIA européia, mas não
conseguiram chegar a um acordo sobre o mecanismo exato de um intercâmbio de informações mais eficaz. O chefe para política estrangeira da UE, Javier Solana, deve apresentar propostas dentro de seis meses.
– A inteligência é a coisa mais difícil de compartilhar. Você tem de proteger suas fontes, o que já é complicado dentro do país – afirmou o ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, para justificar que os cinco grandes controlem a informação. Dando uma mostra de como isso vai funcionar, os cinco fizeram uma reunião separada antes da sessão da UE.
O Executivo da UE afirmou que a troca de dados deve se concentrar na maneira como os grupos terroristas recrutam membros e na identificação de "células adormecidas'', fontes de financiamento e conexões fora da União Européia.
Os ministros pouparam o ministro do Interior da Espanha, Angel Acebes, sem mencionar a insistência da Espanha em culpar o grupo separatista basco ETA pelos ataques em Madri na
semana passada.
O grupo
concordou em acelerar os procedimentos para o uso de dados biométricos em vistos e passaportes e tentou estabelecer um prazo para a formação de um banco de dados com todos os vistos concedidos a cidadãos de fora da UE.
Com informações da agência Reuters.
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