O grupo separatista basco ETA, que matou cerca de 840 pessoas em décadas de campanha por um Estado no norte da Espanha e no sudeste da França, disse em comunicado que deseja dialogar com o governo de Zapatero. Contudo, afirmou que manterá sua luta armada.

O grupo também exortou Zapatero a adotar "medidas fortes para o País Basco". Na semana passada, Zapatero prometeu que não haverá folga na repressão ao ETA.

– No que estou pensando ... e trabalhando é para acabar com o terrorismo, e o ETA não terá um minuto de descanso – disse.

As manifestações deste sábado, dia 20, pela Espanha, exigindo a volta dos soldados espanhóis, lembraram a Zapatero que as expectativas do público são altas. Mas sua promessa de retirar tropas provocou críticas do presidente dos EUA, George W. Bush, e outros líderes políticos pediram para Madri manter sua posição e sugeriram que uma retirada daria a vitória para os guerrilheiros.

Neste domingo, dia 21, Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, muçulmanos fizeram em Madri um protesto contra os ataques, que feriram mais de 1,8 mil. Seis marroquinos estão entre os 10 suspeitos detidos em conexão com as explosões, e muitos marroquinos temem uma perseguição.

O jornal ABC disse no domingo que a polícia emitirá em breve ordens de prisão de outros quatro marroquinos. As explosões são consideradas o primeiro ataque islâmico no Ocidente desde as ações de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Com informações da agência Reuters.