| 23/03/2004 20h15min
O Ministério do Interior do Iraque não está pronto para assumir a segurança interna a partir de 30 de junho, dia em que as autoridades dos Estados Unidos planejam devolver a soberania ao país. Essa é a avaliação do ministro Nori Badran.
– Há muitas questões que precisam ser resolvidas antes disso, como equipamento, planos de segurança, o aparato para executar esses planos, controles de fronteira. Alguns desses pontos estão parcialmente resolvidos, outros não estão nem perto disso – disse Badran.
Ele afirmou que não está bem definido o papel que as forças lideradas pelos Estados Unidos assumirão depois da transferência de poder, ou se elas compartilhariam informações de inteligência com as autoridades iraquianas.
A preocupação de Badran contraria os administradores norte-americanos no Iraque, que se esforçam para difundir a idéia de que os iraquianos são capazes de cuidar de sua própria segurança. O ministro, que estava exilado durante o regime de Saddam Hussein, disse que sua maior preocupação é com a coordenação com as forças norte-americanas.
– A maioria das pessoas que prendemos são levadas embora pelas forças da coalizão. Não ficamos sabendo de nada, e esse é um dos maiores problemas. É muito frustrante – disse.
Ao mesmo tempo, a polícia iraquiana e outras forças comandadas pelo ministério estão cada vez mais na linha de frente no combate aos rebeldes. Desde a queda de Saddam Hussein, morreram mais policiais iraquianos que soldados norte-americanos.
Badran acredita que algumas decisões tomadas pela administração norte-americana e pelo Conselho de Governo criaram mais inimizades e insuflaram a resistência. Entre elas coloca o desmantelamento do Exército iraquiano e da estrutura política do regime de Saddam Hussein, determinado pelo administrador norte-americano no Iraque, Paul Bremer.
As informações são da agência Reuters.
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