Tropas paquistanesas garantiram neste domingo, dia 28, a libertação de 12 autoridades do governo e soldados que haviam sido sequestrados por combatentes da rede Al-Qaeda. As forças lançaram uma operação nas montanhas perto da fronteira com o Afeganistão para capturar um líder do alto escalão da rede.

Os 12 homens libertados estão entre os 14 soldados e autoridades sequestrados no início dos conflitos no Waziristão do Sul, onde mais de 100 pessoas já foram mortas. Soldados praticamente encerraram um cordão de isolamento ao redor do palco da pior batalha desde o início da ação contra militantes escondidos na região, próxima ao Afeganistão.

Forças dos Estados Unidos estão procurando militantes no outro lado da fronteira, em meio à crescente tensão sobre possíveis novos ataques da Al-Qaeda. Autoridades acreditam que militantes ligados ao grupo foram responsáveis pelo atentado contra trens de Madri, em 11 de março.

Depois de isolar a área com 5 mil soldados e perder cerca de 50 homens na ofensiva, os militares disseram no sábado, dia 27, que destruíram o esconderijo de combatentes, entre eles uzbeques, chechenos, árabes, afegãos e membros de clãs locais pashtuns. Outros dois reféns serão libertados ainda neste domingo, segundo um líder tribal envolvido nas negociações.

– O cordão do Exército será retirado hoje. Atingimos quase todos os nossos objetivos – disse Mahmood Shah, chefe de segurança da região. – O Exército demoliu 83 casas e quase todos os esconderijos de militantes nesta área – concluiu.

Os combates começaram quando forças paramilitares que procuram militantes encontraram resistência armada em 16 de março, sugerindo que tribos locais estariam ajudando a proteger um alvo de grande valor, talvez Ayman al-Zawahri, braço direito de Osama bin Laden. Posteriormente, militares rejeitaram esta hipótese, mas disseram que um líder uzbeque ou checheno pode estar entre os combatentes.

Com informações da agência Reuters.