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A Casa Branca vai examinar "linha por linha" do relatório de uma comissão independente que investiga os ataques de 11 de setembro de 2001 antes que o documento seja publicado, informou o presidente da comissão neste domingo, dia 4. O chairman Thomas Kean, ex-governador republicano de Nova Jersey, disse no programa Meet the Press, da NBC, que ficou surpreso ao saber da revisão da Casa Branca.
Ele disse que a revisão foi pedida sob a garantia da lei para garantir que nenhum material que possa comprometer os serviços de inteligência sejam incluídos.
– Eles vão (analisar) linha por linha – disse Kean, referindo-se ao processo de revisão da Casa Branca envolvendo questões de inteligência.
O chefe de pessoal da Casa Branca, Andrew Card, supervisionará o exame. A comissão deve apresentar em julho seu relatório sobre as falhas de inteligência antes dos ataques de 2001. Kean disse estar confiante de que a Casa Branca terminaria sua revisão e liberaria o documento bem antes da eleição presidencial de novembro.
O vice-presidente da comissão, Lee Hamilton, prometeu que não deixaria a Casa Branca "distorcer" o relatório. Kean também sugeriu que teria preferido que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o vice-presidente, Dick Cheney, aparecessem em separado no encontro privado com a comissão, em vez de juntos como foi estabelecido em um acordo entre o painel e a Casa Branca.
As revelações mostram que embora a Casa Branca tenha feito concessões ao comitê, inclusive permitindo que a conselheira de segurança nacional, Condoleezza Rice, testemunhasse publicamente nesta semana, ainda mantém uma significativa influência sobre o processo. Disputas com a Casa Branca sobre a publicação de material secreto provocaram um atraso de sete meses na divulgação de um relatório separado do Congresso sobre os ataques.
E algum material - especialmente o que mencionava qualquer papel saudita nos ataques - permaneceu secreto. Quinze dos 19 sequestradores que mataram mais de 3 mil pessoas nos ataques coordenados em 11 de setembro de 2001 eram sauditas. Mas Kean disse acreditar que a Casa Branca não quer se arriscar a vazamentos de um relatório não publicado pela comissão do 11 de setembro durante a campanha eleitoral, ou ver o relatório divulgado perto das eleições.
– Eu acho que é do interesse da Casa Branca, de nosso interesse, do interesse de todos, publicar isso em julho – disse Kean.
As informações são da agência Reuters.
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