Mais estrangeiros foram relatados como desaparecidos ou foram feitos reféns no Iraque neste sábado, dia 10.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, duas autoridades de segurança do país desapareceram durante viagem que faziam da Jordânia para Bagdá. Imagens de televisão da ABC da Austrália mostraram um americano, possivelmente um motorista de caminhão civil, sendo levado como refém por guerrilheiros iraquianos depois que um comboio foi atacado perto de Bagdá.

Uma autoridade do Pentágono disse ter recebido vários relatos sobre o número de empreiteiros desaparecidos após o ataque de sexta. Há vários empreiteiros civis e firmas de segurança particulares trabalhando em projetos de reconstrução no Iraque desde que as forças lideradas pelos Estados Unidos derrubaram Saddam Hussein no ano passado.

Um grupo iraquiano disse em uma imagem transmitida por uma estação de TV árabe no sábado que mantinha 30 estrangeiros como reféns e ameaçava começar a matá-los. Apesar das ameaças, nenhum refém foi mostrado nas imagens.

– Nós temos reféns japoneses, búlgaros, israelenses, americanos, espanhóis e coreanos – dizia um homem mascarado em uma transmissão feita pela TV árabe Al Arabiya.

O grupo, autodenominado Brigadas do Mártir Herói Sheikh Ahmed Yassin, ameaçava decapitar os reféns a menos que as forças americanas levantassem o bloqueio contra a cidade iraquiana de Falluja.

A série de sequestros é mais uma etapa da batalha que rebeldes xiitas e sunitas travam contra as forças lideradas pelos Estados Unidos, na semana que marcou o primeiro aniversário da queda de Saddam, ocorrida em 9 de abril de 2003.

A escalada de lutas no país seguiu-se à mutilação de quatro empreiteiros americanos mortos em uma emboscada em Falluja no fim de março, o que provocou o cerco americano à cidade, que fica a oeste de Bagdá.

Com informações da agência Reuters