| 24/04/2004 13h25min
O presidente palestino, Yasser Arafat, respondeu neste sábado, dia 24, desafiadoramente às novas ameaças contra sua vida feitas pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, dizendo à uma multidão de partidários que abraçaria o "martírio".
– Todos nós somos mártires-na-espera – afirmou Arafat em seu quartel-general de Mugata, na cidade de Ramallah, Cisjordânia, onde cerca de quatro mil pessoas gritavam que sacrificariam seu ''sangue e alma'' pelo veterano líder.
Na recente violência na Cisjordânia, forças israelenses mataram três palestinos, pelo menos dois deles militantes, em circunstâncias controvertidas. Sharon, em comentários visando atrair apoio para o plano de retirada de Gaza de seu partido de direita Likud antes das eleições de 2 de maio, disse na sexta que não se sentia mais comprometido com a promessa feita há três anos ao presidente norte-americano, George W. Bush, de que pouparia Arafat de ataques.
– Eu me libero desse compromisso em relação a Arafat – afirmou Sharon a uma rede de TV de Israel, não dando indicações de que havia ações iminentes planejadas.
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse que Washington espera que Sharon mantenha sua promessa. Condoleezza Rice, conselheira de Segurança Nacional, telefonou ao chefe de gabinete de Sharon para expressar sua oposição a qualquer plano contra Arafat, segundo informações de um oficial norte-americano.
As informações são da agência Reuters.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.