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Soldados iraquianos substituirão forças dos EUA em Falluja

Kofi Annan pediu calma a Bush na retomada da cidade

Fuzileiros navais dos Estados Unidos devem começar a deixar a cidade iraquiana de Falluja nesta sexta, dia 30. Após quase um mês de sítio e combates violentos com rebeldes iraquianos, os soldados norte-americanos serão substituídos por ex-soldados e comandantes iraquianos. A retirada da cidade sunita – que tornou-se principal símbolo da resistência à ocupação no Iraque – é fruto de um acordo alcançado nesta quinta, dia 29.

O plano prevê a reformulação de um segmento do Exército do Iraque que debandou depois que as forças da coalizão derrubaram o regime de Saddam Hussein. Formada por soldados muçulmanos sunitas, a força assumirá a responsabilidade pela estabilização de Falluja, onde se acredita que mais de mil pessoas tenham morrido em confrontos no último mês. 

O conflito em Falluja tornou-se a mais longa e violenta crise do Iraque desde o começo da guerra. Fuzileiros navais entraram em Falluja no dia 5 de abril, cinco dias depois de quatro americanos terem sido mortos e mutilados por uma multidão de iraquianos no local. Desde então, dezenas de fuzileiros morreram ou ficaram feridos na cidade.

Um acordo de cessar-fogo alcançado com a ajuda de líderes locais e assinado pelos EUA no dia 19 de abril foi ignorado pelos moradores da cidade e pelos rebeldes. Apesar de o acordo pedir a entrega de armas pesadas como morteiros e lançadores de granadas aos fuzileiros, foram depostas apenas armas velhas.

Há alguns dias comandantes da região de Falluja pediram mais poder de fogo. O Pentágono (sede das Forças Armadas dos EUA), revertendo sua política, informou que vai enviar mais algumas dezenas de tanques e veículos blindados para o Iraque.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, pediu calma a Bush, afirmando que um derramamento de sangue poderia jogar os moradores do país contra as forças de ocupação no momento em que a entidade mundial trabalha com os EUA para reempossar um governo iraquiano até 30 de junho.

– Quanto mais a ocupação for vista adotando medidas que prejudiquem os civis, maior a resistência – afirmou Annan em uma entrevista coletiva.

Com informações da agência Reuters.

 
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