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Os militares dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta, dia 12, que lançaram uma investigação sobre casos de tortura de prisioneiros no Afeganistão. O coronel Sayed Nabi Siddiqui, ex-chefe da polícia afegã, contou ao jornal The New York Times que foi espancado, chutado, impedido de dormir, humilhado e submetido a abuso sexual durante os 40 dias em que esteve sob o poder de militares norte-americanos em 2003.
A reportagem preocupar em especial a força de 20 mil homens liderada pelos EUA e enviada para o Afeganistão a fim de caçar remanescentes da Al-Qaeda e do Talibã.
– Na tarde de ontem, líderes da coalizão foram informados sobre a denúncia de abusos de prisioneiros – afirmou o tenente-coronel Tucker Mansager, porta-voz das Forças Armadas dos EUA, referindo-se aparentemente à denúncia do ex-chefe de polícia.
Fotografias de soldados norte-americanos torturando prisioneiros iraquianos circularam pelo mundo todo, provocando fúria entre os árabes e manchando a credibilidade dos EUA. O Comitê Independente de Direitos Humanos do Afeganistão (AIHRC) disse ter sido contatado por Siddiqui meses atrás, quando ele então teria denunciado os atos de tortura. Segundo a comissão, o ex-chefe de polícia queria uma indenização.
Segundo Samadi, a situação no Afeganistão "não se comparava'' com a verificada no Iraque. Alguns afegãos fizeram protestos sobre o momento de sua prisão, mas raramente a respeito das condições em que eram mantidos presos. De outro lado, o comissário da AIHRC pediu que os EUA abrissem seus campos de detenção para os grupos de defesa dos direitos humanos a fim de impedir que a situação fosse explorada pelo Talibã.
As informações são da agência Reuters.
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